Marrocos e Nápoles

Durante minhas últimas duas semanas, consegui fazer muitas atividades antes de deixar o Marrocos. Igualmente cheio será esta entrada, onde vou tentar escrever sobre o que aconteceu nas últimas duas semanas. Começarei com dois passeios. O primeiro foi para o Souk em El Attaouia, ou mercado ao ar livre. Toda quinta-feira, uma grande área de terra é transformada em centenas de barracas vendendo tudo o que você pode imaginar. Havia todos os tipos de alimentos, desde produtos frescos a carnes frescas, bem como suprimentos para escritórios, casas, escolas e agricultura. Em uma barraca, eles estavam fazendo ferramentas de metal em uma forja improvisada. Havia também móveis usados e móveis sendo construídos no local, gado, frutos do mar, produtos de oliva e muito mais. Se destacou que existem coisas como refrigeração para carnes que são muito menos comuns do que pensamos ao redor do mundo. A maioria da carne não era refrigerada e, no máximo, os frutos do mar tinham um pouco de gelo ao redor que derretia rapidamente ao sol. Ali, era normal, e toda quinta-feira, milhares de pessoas vêm para comprar e vender produtos. Em outro dia, fomos a uma nova cidade chamada Beni Mellal. Visitamos uma fonte de água que a cidade transformou em um parque bem cuidado e atração turística chamado Ain Asserdoun. Tem uma história rica e é um dos poucos lugares na área com muito verde. Foi surpreendente como era diferente estar perto de tanto verde depois de semanas em um ambiente quase seco em Kelaa. Foi um lembrete de como nos adaptamos ao nosso entorno e dos desafios de viver em áreas onde a água não é facilmente acessível. Isso é ainda pior devido à seca que está acontecendo no Marrocos nos últimos anos.

Como voluntário, tivemos a opção de organizar um clube para os alunos. Tendo feito parte do clube de culinária, eu estava tentando pensar em algo diferente. Meu primeiro pensamento foi algo relacionado a software, mas com um limite de duas horas, não parecia o melhor uso do tempo. Lembrei dos desafios divertidos que tínhamos na aula de física do ensino médio para construir pontes e catapultas. E assim, o clube de engenharia nasceu. Decidi organizar a construção de pontes, mas queria adicionar um toque criativo. Limitei os materiais a jornais, que foram dados em uma bolsa junto com uma tesoura e uma régua. Avisei aos alunos que eles poderiam usar tudo o que eu havia dado a eles. O truque era que a bolsa em si era a única coisa que poderia ser usada como um agente de ligação. Eles tinham que cortar tiras finas para amarrar rolos de jornal juntos. Se ninguém descobrisse em 15 minutos, planejei dar a dica a eles, que foi o que acabou acontecendo. Quando ouviram, seus olhos se arregalaram de antecipação com as novas possibilidades. Eles tinham um limite de tempo de uma hora, e todas as equipes criaram uma ponte. O teste foi caótico, para dizer o mínimo. Mais de 30 alunos se aglomeraram com alta intensidade e entusiasmo ao redor da área de teste. Nós pedimos para eles recuarem, mas em segundos, todos estavam cercados novamente. A competitividade estava em alta, e eles gritavam e falavam uns com os outros com acusações de fraude ou de não cumprimento de parâmetros. Algumas das acusações não eram infundadas, pois parei algumas instâncias durante o processo de construção em que os alunos tentaram usar fita adesiva ou outros materiais. Para o bem ou para o mal, parece prudente levar isso em conta ao criar desafios. No entanto, também houve uma maravilhosa demonstração de colaboração dentro das equipes, e todos tinham ótimas coisas a dizer sobre o evento quando encerramos.

Tinha chegado a hora de me despedir de Kelaa e seguir para a fazenda Razala, a casa da prima da minha prima, seu marido e seus três filhos. Eles me receberam calorosamente e animadamente, como se nos conhecêssemos há muitos anos. Usando permacultura e outras técnicas de agricultura natural, eles transformaram suas terras em um mini oásis durante os últimos cinco anos. Dos projetos que eles tinham disponíveis, decidi ajudar a limpeza da taboa que havia tomado conta de uma parte do lago. Eu não tinha ideia de quão poderoso era o sistema de raízes criado por essas plantas. Deu um pouco mais de esforço do que eu esperava, mas consegui concluir o trabalho. Ao fazer isso, também ganhei o apelido de "pond guy". Durante minha estadia, coincidiu que dois consultores de agricultura natural tinham sido convidados para a fazenda. Eles eram bastante experientes, e todos nós aprendemos muito. No almoço, ajudei a cozinhar um tagine de ervilha e alcachofra que todos comemos juntos. Meu tempo na fazenda não foi só trabalho. Aproveitei duas noites com os amigos deles: uma festa de aniversário em um hotel próximo, e uma noite em um restaurante grego onde o parceiro de uma amiga atuava. O restaurante oferece uma experiência gastronômica e de show que foi bem divertida. Em casa, tivemos ótimas conversas sobre agricultura, viagens e desafios sociais. Foi um momento maravilhoso, e espero vê-los todos novamente no futuro.

De lá, fui para Nápoles. Meus primeiros dias foram cheios de atividades. Antes de chegar, conheci uma Couchsurfer online que ficaria lá por dois dias, e planejamos visitar Pompeia e Sorrento juntos. Pompeia era fascinante, mas eu não imaginei seu tamanho e o quanto há para ver. Meio dia não foi tempo suficiente. Espero voltar para uma segunda visita e também para ver Herculano, que está mais bem preservado devido à proximidade de Vesúvio. Sorrento foi uma ótima visita. A cidade fica em cima de altos penhascos e oferece vistas lindas da Baía de Nápoles. Também é conhecida por ter os melhores limões, o que leva a produção de muitos licores artesanais de limoncello. No dia seguinte, me encontrei que nos últimos dez anos organizou voluntários para dezenas de ONGs. Ele junto a três outros fundadores notaram que muitas dessas organizações não tinham tempo ou experiência para lidar com essa tarefa, mas poderiam se beneficiar muito com isso. Foi inspirador ver como eles abordaram essa necessidade se especializando em um aspecto comum.

Desejo a todos um final de ano alegre e tranquilo!